quarta-feira, 10 de abril de 2013

Biografia de Aluísio de Azevedo

Biografia de Aluísio de Azevedo


Aluísio Gonçalves de Azevedo
Aluísio Tancredo Gonçalves de Azevedo nasceu em 14 de abril de 1857 em São Luís (MA). O autor é fruto da união da mãe com o vice-cônsul português, após abandonar o marido. Como sempre foi muito bom caricaturista e desenhista, Aluísio ingressou na Academia Imperial de Belas-Artes no Rio de Janeiro quando terminou os estudos no Liceu de Maranhão. 

Durante a época em que viveu na cidade carioca, aproveitou-se de seu talento e tornou-se chargista até que o pai faleceu e foi obrigado a regressar à cidade natal para ficar com a mãe. 

Foi então que escreveu o romance romântico “Uma lágrima de Mulher”, ao passo que continuou na carreira jornalística, escrevendo para alguns jornais, entre eles o que ajudou a fundar, chamado “O Pensador”. Este último cuidava de discutir os problemas sociais como o racismo e tecer críticas contra o clero. 

Foi então, que decidiu se sustentar como escritor e, por ser uma atividade instável, começou a trabalhar sob encomenda. Viveu durante muitos anos, cerca de quinze, através de suas publicações. Por este motivo, sua obra literária é vasta e de valores diferenciados. 

Em 1881 publicou o livro “O mulato”, que daria ao autor o título de “precursor do Naturalismo no Brasil”. 

Esta obra foi um verdadeiro escândalo para a época, pois incitou polêmicas, como o racismo e a corrupção dos padres.

Contudo, há outro romance naturalista de Aluísio que tem mais destaque na literatura: O cortiço. As personagens nesta narrativa são operários, lavadeiras, prostitutas e apresentam a população marginalizada, excluída da sociedade. O ambiente social é caótico, degradado e sem estrutura, ou seja, um cortiço.

Aluísio Azevedo abandonou a carreira literária quando passou em um concurso e se tornou diplomata, em 1895. O autor morreu em Buenos Aires quando exercia o cargo de agente consular nesta cidade, em 21 de janeiro de 1913. 

Veja um trecho da obra “O cortiço” sobre o estereótipo de João Romão: 

"E seu tipo baixote, socado, de cabelos à escovinha, a barba sempre por fazer, ia e vinha de pedreira para a venda, da venda para as hortas e ao capinzal, sempre em mangas de camisa, tamancos, sem meias, olhando para todos os lados, com o seu eterno ar de cobiça, apoderando-se, com os olhos, de tudo aquilo de que ele não podia apoderar-se logo com as unhas".

Obras
Além de O mulato, os romances que o consagraram perante a crítica e o público foram Casa de pensão (1884) e O cortiço (1890), considerado sua obra-prima. No primeiro, inspirado num caso da crônica policial do Rio, descreve a vida nas pensões chamadas familiares, onde se hospedavam jovens que vinham do interior para estudar na capital. Em O cortiço narra, em linguagem vigorosa, a vida miserável dos moradores de duas habitações coletivas. Entre seus demais romances estão: A condessa de Vésper (1902), publicado primeiro em rodapé da Gazetinha, sob o título Memórias de um condenado (1882); Girândola de amores (1900), publicado primeiro em folhetim na Folha Nova (1882), sob o título de Mistério da Tijuca; Filomena Borges (1884); O homem (1887); O Coruja (1895), publicado primeiro em rodapé de O País (1889); O esqueleto (mistérios da casa de Bragança) (1890), publicado sob o pseudônimo de Victor Leal; A mortalha de Alzira (1893); O livro de uma sogra (1895), além dos contos de Demônios (1890). Membro fundador da Academia Brasileira de Letras (cadeira nº 4), Aluísio Azevedo morreu em 21 de janeiro de 1913 em Buenos Aires, Argentina, onde ocupava o posto de vice-cônsul do Brasil.
Fonte: brasilescola.com.br

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