domingo, 10 de maio de 2015

Biografia, vida e obras de Balzac

Balzac (1799-1850) foi um escritor francês. Entre suas obras destacam-se "A Comédia Humana", "A Mulher de Trinta Anos", da qual se originou o termo, "balzaquiana", "O Lírio do Vale" e "Um Caso Tenebroso". Foi o grande retratista da burguesia do século XIX. A Comédia Humana é uma obra composta de 95 romances, ligados uns aos outros como se fossem os diversos momentos da vida.

Balzac (1799-1850) nasceu em Tours, França, em 20 de maio de 1799. Filho do funcionário público Bernard François Balzac e Laure Sallambier. Entre os anos de 1807 e 1813, estuda no Colégio dos Oratorianos de Vendôme. Desde pequeno sonhava viver entre aristocratas, imortalizado pela atividade literária. Logo que aprendeu a escrever passou assinar Balzac e acrescentou um "de", marca de nobreza na França, "Honoré de Balzac".

Em 1814, a família vai morar em Paris. Com 20 anos formou-se em Direito e foi estagiar no escritório de Goyonnet de Merville, que mais tarde se transformaria em Derville de "A Comédia Humana". Os anos de estágio lhe forneceram material para vários romances como "A Duquesa de Langlois", "César Birotteau", e "O Contrato de um Casamento". Os sofrimentos dos réus, as artimanhas dos advogados, os tribunais, a força do dinheiro, todos os problemas na justiça francesa, dessa época, estão nas várias obras de Balzac.

A família se muda para Villeparisis, lugarejo próximo a Paris. Balzac resolve permanecer na cidade, abandonar o estágio e viver de literatura. Sem apoio da família, teria só um ano de mesada, foi morar num quarto da Rua Lesdiguières. Estava convencido que seria um grande escritor. Em 1820, depois de um ano, passado entre leituras, passeios e dúvidas, conclui "Cromwell", uma tragédia composta de versos alexandrinos.

O prazo de um ano havia terminado. Os romances sentimentais estavam na moda, publicados em fascículos mensais. Balzac sabia não ser esse o caminho da arte. Publica, com o pseudônimo vários romances, elaboradas entre 1822 e 1825. Lord R'hoone, Horace de Saint Aubin, foram alguns dos nomes que assinou. Desgostoso com o que produzia, vai a Villeparisis, onde conhece seu primeiro amor, Laure de Berny, amiga da família, 22 anos mais velha que ele, casada e mãe de sete filhos.

Em 1825, com recursos da família e de Laura de Berny, monta uma editora, mas em 1827, sem sucesso, volta a escrever. Inspirado no escritor Walter Scott, criador do romance histórico, publica "Os Chouans" e a "Fisiologia do Casamento", romances que lhe abriram as portas dos importantes círculos literários, assinando seu nome pela primeira vez. Colabora com revistas e periódicos de sucesso. Em um único ano escreve inúmeros artigos, dezenove novela e romances, entre eles, "Catarina de Médicis", "A Pele de Onagro", "Beatriz" e "Pequenas Misérias da Vida Conjugal".

Em 1832, Balzac candidata-se a deputado, mas não teve os votos esperados. Os fidalgos não aceitam em seu meio, um provinciano plebeu. Nesse mesmo ano recebe uma carta de uma mulher que assinava "A Estrangeira", mais tarde descobriu ser a condessa polonesa Eveline Hanska, casada e bem mais velha que ele. Encontram-se na Suíça e tornaram-se amantes.

Em 1834, publica, "Pai Goriot", iniciando o sistema de repetição de personagens de uma obra para outra. Sentiu que podia fazer romances sem começo nem fim, ligados uns aos outros, representando os diversos momentos da vida. Nesse mesmo ano publica "A Comédia Humana", composta de 95 romances, dividido em três partes: "Estudos de Costumes", "Estudos Filosóficos" e "Estudos Analíticos". Publica ainda "O Contrato de Casamento", "O Lírio do Vale", onde celebra sua "Dileta" sob o nome de "Senhora Mortsauf" e "Memórias de Uma Jovem Esposa". Em 1942 publica "A Mulher de Trinta Anos", romance que deu origem a expressão "Balzaquiana", que faz referência às mulheres mais maduras.

Honoré de Balzac morre no dia 18 de agosto de 1850, sem ter sido um aristocrata. É enterrado no Cemitério de Père-Lachaise. Vitor Hugo pronuncia o discurso fúnebre.